Se a força esta na palavra dita, a permanencia dela se dá pela escrita. Sem filosofar muito, quero escrever sobre a mulher, os relacionamentos e as pieguices e temerições que temos nessa era que tem muitos beneficios, mas é totalmente paradoxa: une as distâncias e afasta muitas relações humanas. Desvelações é um nome saido da cabeça de uma aspirante a jornalista que acredita que tudo já foi revelado, mas muito pouco está assimilado. Verdades já foram ditas, mas são ignoradas.
Para começar vou citar o texto de Paulo Sant’Anna, publicado em Zero Hora em 22/05/2001:
O amor e a paixão
O amor não sobrevive sem a paixão. E a paixão, sem o amor, está condenada a se saciar ou se exaurir pelo cansaço.
Dois pressupostos do amor: a afetividade (amizade) e a cordialidade (bom humor).
Dois pressupostos da paixão: a libido em plantão permanente (tesão) e o embevecimento físico (fetiche).
Quando concorrem na mente e no coração de uma só pessoa o amor e a paixão por uma outra pessoa, se forem bem-sucedidos (correspondidos), estamos diante da felicidade mais completa.
A paixão sozinha, sem o amor, é a felicidade ameaçada de extinção. O amor, sozinho, sem a paixão, é a felicidade ameaçada pela infelicidade anunciada, aviso prévio no bolso.
O amor só se enfastia pela prolongada ausência da paixão. Já a paixão só se enfastia pelo exercício prolongado da própria paixão.
Não existe paixão extensa ou duradoura, a não ser por clube de futebol. Nem existe amor efêmero, de curta passagem.
O amor deixa cicatrizes, a paixão deixa tatuagens. Quem recorda de um amor pretérito, sente remorso. Quem recorda de uma antiga paixão, sente orgulho: essa é a diferença básica entre os dois sentimentos.
O amor implica preferencialmente ternura. A paixão implica preferencialmente carnalidade.
As relações de amor são temperadas pela espiritualidade e regidas pela paz. As relações de paixão são sempre tempestuosas e marcadas pela concupiscência.
No amor, os amantes querem sempre estar juntos, não importa fazendo o quê. Na paixão, os parceiros só querem estar juntos para exercitar sensualidade.
Por essa profundidade do amor, é bastante mais séria a afirmação “eu te amo” do que a de que “estou apaixonado por ti”. Quem diz “estou apaixonado” não é levado tanto a sério: pela efemeridade da paixão.
Quem diz “estou amando” é encarado respeitosamente. Exatamente porque a paixão é um evento, enquanto o amor é um acontecimento.
Por essa diferença é que é possível a qualquer pessoa apaixonar-se diversas vezes. Enquanto que é quase certo que quem ama ama só uma vez em toda a vida.
“Pode alguém amar duas pessoas ao mesmo tempo?” é uma pergunta que se ouve muito entre o povo.
Se não se pode amar duas pessoas durante toda a vida, em tempos diferentes, como poderia ao mesmo tempo?
Pelo mesmo raciocínio, se é possível apaixonar-se por várias pessoas em espaços de tempo diferentes, é claro que se pode estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo.
E, também pelo mesmo raciocínio e pelo inteiro raciocínio desta coluna, pode-se estar amando uma pessoa e estar-se apaixonado por outra, ao mesmo tempo.
Por isso é que lá no início da coluna foi sentenciado que a felicidade mais completa é a de quem ama e nutre paixão pela mesma pessoa, num só tempo.
Mr WordPress Said:
on junho 18, 2008 at 11:13 pm
Hi, this is a comment.
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Tiago Medina Said:
on junho 19, 2008 at 5:27 pm
Que estréie logo isso aí, sra inconcretude!
Rodrigão, monografando... Said:
on junho 21, 2008 at 10:45 am
Aêêêêê… nasceu!!!
Agora que pariste a criança, vê se não a deixa abandonada.
Beijão!
Silvana Said:
on junho 22, 2008 at 11:34 am
Aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
Que lindoooooooooooooooo!
AMEI!!!!
Tiago Medina Said:
on junho 25, 2008 at 11:27 am
Convenhamos:
“felicidade mais completa é a de quem ama e nutre paixão pela mesma pessoa, num só tempo”
Isso é complicado de achar, né?!
thais Said:
on junho 26, 2008 at 11:45 am
MA-RA-VI-LHO-SO!!!!!!!!!!!!!!
Nem dá pra acreditar que o Sant’ana escreveu isso…